3.2.10

wake up.

uma vez eu vi num filme, ou seriado, não me lembro, que "parceiros" (odeio esse termo, soa extritamente sexual, mas eu quero dizer de vida, marido, namorado e afins), são, na verdade, testemunhas de vida. que um relacionamento é, na verdade, um jeito da sua vida não passar em branco.

às vezes eu sinto um pouco de falta disso. não é a mesma coisa contar pra um amigo que eu gosto de pisar em folhas secas, e que a mulher do trabalho viajou pra angra no fds e me contou tudo e que eu gosto de saber e tentar "ajudar", e que a outra é mais amiga do que pensa, e que eu to morrendo de medo desse ano e de saber que eu vou ter que largar o trabalho, e que , por mais que pareça idiota, foi umas das decisões mais difíceis da vida. que eu quase chorei na frente da minha chefe quando pedi demissão. cafona.
não quero contar essas e muitas outras coisas, aparentemente banais pro mundo, pra qualquer um. coisas que muitas vezes são difíceis até de assumir pra mim mesma. não quero espalhar meus medos, aspirações e frustrações por aí.

vontade de falar, e também ouvir. amparar um alguém de alguma forma, mesmo que às vezes não fazendo nada, só ouvindo.

não to querendo dizer que estou desesperada por um relacionamento e que vou catar qualquer um na rua que queira me ouvir (terapia está aí pra isso, dica), isso é só um desabafo.

tem tanta, mas tanta coisa acontecendo, em relacionamentos, família, profissional, amigos, ..., que pensar agora unicamente sobre relacionamentos seria extremamente pequeno.
a questão toda não tá fora. tá dentro. o que é um pouco mais complicado, infelizmente - pra mim.

acho que só arrumar o armário dessa vez não vai resolver.
paralizada.



cause it's easy not to
so much easier not to
and what goes around never comes around to you